AFP
Por GloboEsporte
Goiás perde de virada para o Peñarol, mas deixa crise de lado e avança
O Goiás deixou a crise de lado, nesta quarta-feira, e deu um importante passo na direção de uma vaga na Taça Libertadores de 2011. Mesmo derrotado por 3 a 2 pelo Peñarol, no Centenário, em Montevidéu, o Esmeraldino - que amarga a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro – conquistou a inédita classificação para as quartas de final da Copa Sul-Americana, já que venceu a partida de ida, no Serra Dourada, por 1 a 0. Após abrir o placar, com Rafael Moura, na etapa inicial, os brasileiros viram os donos da casa virar o jogo antes do intervalo. Mas um gol heroico de Carlos Alberto, no segundo tempo, deixou o time do técnico Jorginho mais perto da vaga, que nem a bomba de Martinuccio, nos minutos finais, foi capaz de tirar. O próximo adversário do Goiás será o vencedor do duelo entre Avaí e Emelec, do Equador, que se enfrentam nesta quinta, na Ressacada - no primeiro jogo, a equipe catarinense perdeu por 2 a 1.
He-Man faz gol de placa; uruguaios viram
Apesar do previsível início, com os donos da casa pressionando por conta da derrota em Goiânia, a primeira etapa foi repleta de surpresas para as duas equipes. Com o Peñarol se lançando à frente, o Goiás teve boas oportunidades em contra-ataques.
Aos uruguaios, faltava qualidade nas investidas ao gol de Harlei. A primeira surpresa da partida veio aos 16, no lançamento na medida de Marcão para Rafael Moura, dentro da área uruguaia. O He-Man dominou no peito, fintou de uma só vez dois marcadores e o goleiro e, de canhota, estufou as redes. Um gol de placa para deixar os esmeraldinos confortáveis e confiantes na classificação.
Sem outra opção, o Peñarol foi atrás dos três gols necessários para seguir vivo na competição. E antes do apito final, completou boa parte da tarefa. Aos 37, Ramis recebeu na direita, e Valmir Lucas cortou de cabeça. Da entrada da área, Dario Rodriguez fez o domínio e chutou. A bola desviou no meio do caminho, e mesmo assim Harlei defendeu, no susto. Caído no chão, o camisa 1 pouco pôde fazer quando Corujo apareceu por entre os defensores e aproveitou o rebote para empatar.
A pressão dos mandantes só fez aumentar. Aos 43, após cobrança de lateral para a área, Ernando rebateu muito mal, para a entrada da área, e deu a Marcelo Sosa a oportunidade perfeita para mandar uma bomba rasteira, no canto esquerdo de Harlei, e virar o jogo.
Expulsão e gol heroico no contra-ataque
O técnico Jorginho fez apenas uma alteração no intervalo: Everton Santos no lugar de Bernardo. Mas o jogador só ficou em campo por 11 minutos. Com três minutos de bola rolando, o meia recebeu o cartão amarelo por falta na intermediária, e aos 11 foi imprudente em disputa de bola com Guillermo Rodriguez, atingindo o rosto do zagueiro uruguaio com um chute: segundo amarelo e expulsão.
Por conta do cartão vermelho, provavelmente pensando em reforçar a marcação, o técnico Jorginho chamou aquele que seria o herói da partida e trocou Felipe – em noite de atuação apagada - por Carlos Alberto.
Com um a mais e precisando de um gol para se classificar, o técnico Manuel Keosseian pôs outros três atacantes em campo. Mejía, Diego Alonso e Palácios. Mas a falta de qualidade voltou a segurar o ímpeto dos uruguaios.
Aos 31, saiu o lance decisivo do jogo. Harlei cobrou tiro de meta com um chutão para frente, Rafael Moura desviou de cabeça, e a bola foi parar nos pés de Carlos Alberto, pela esquerda. O volante deixou Guillermo Rodriguez para trás, invadiu a área e bateu cruzado para deixar tudo igual no placar: 2 a 2.
O Peñarol não se entregou. Precisando de mais dois gols para avançar, o time chegou à metade do caminho, aos 39. Após levantamento na área goiana, Martinuccio aproveitou a sobra e chutou forte no canto esquerdo de Harlei. O terceiro gol uruguaio incendiou o fim da partida e obrigou os esmeraldinos a redobrar as atenções. Mas o apito final do árbitro Carlos Amarilla fez nascer novo ânimo no time do Centro-Oeste para o restante da temporada.
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