Por Globoesporte:
Furacão goleia o Esmeraldino por 5 a 0 na Arena da Baixada
Time faz 2 a 0 mesmo sendo dominado pelo Goiás, toma conta do 2º tempo e consegue 1ª vitória em casa no Brasileirão
Não poderia ser melhor. A torcida do Furacão está em festa. O Atlético-PR, com boa atuação principalmente no segundo tempo, contou com a competência e a sorte para golear o Goiás por 5 a 0, neste domingo, na Arena da Baixada, pela quinta rodada do Brasileirão. Alan Bahia (2), Antônio Carlos, Marcelo Ramos (pênalti) e Pedro Oldoni marcaram os gols que deram ao Rubro-Negro paranaense a primeira vitória em casa neste campeonato.
Com o resultado, o time paranaense chega ao quinto lugar na tabela de classificação, com oito pontos ganhos. A equipe goiana, que apesar da desvantagem no primeiro tempo de 2 a 0 não se apresentava mal - o time se perdeu na segunda etapa -, continua com três pontos ganhos e ocupa a zona de rebaixamento, no 19º e penúltimo lugar.
Furacão aproveita chances
Dava para se perceber, na escalação das equipes, a proposta inicial dos treinadores. Se o Goiás optava por três volantes - Amaral, Pituca e Ramalho - para acertar a marcação e dominar o meio-campo, o Atlético Paranaense arriscava o esquema ofensivo com três atacantes - Wallysson, Marcelo Ramos e William.
A equipe goiana conseguiu ter mais a posse de bola na partida, mas não traduziu em gols o domínio do primeiro tempo - o time perdeu inúmeras oportunidades. E o Furacão, com o trio de atacantes, chegou aos 2 a 0 nos primeiros 45 minutos, curiosamente, com dois gols marcados por jogadores de defesa - o zagueiro Antônio Carlos e o volante Alan Bahia - em momentos nos quais era dominado pelo adversário.
Zagueiro Antônio Carlos, de cabeça, abriu o placar para o Furacão Mas com dois minutos de jogo, o trio ofensivo do Furacão assustou a defesa goiana. Wallysoon, Marcelo Ramos e William trocaram passes, e o último chegou atrasado no lance. Depois, o meio-campo do Esmeraldino passou a roubar as bolas, e o time arriscava o ataque, principalmente pelo lado do lateral Vítor, quando foi surpreendido. Aos 11 minutos, em cobrança de escanteio pela direita de Netinho, o zagueiro Antônio Carlos subiu mais que a defesa alviverde e testou firme, sem defesa para Harlei: Furacão 1 a 0.
Se Netinho incomodava a defesa goiana, o Esmeraldino tinha mais posse de bola e em Vítor, pelo lado direito, a melhor opção para tentar o empate. Aos 19, ele encontrou Alex Terra desmarcado pelo meio, que bateu, de longe, assustando Vinícius. Quem também começava a aparecer era Paulo Baier, Aos 22, deu lindo passe de calcanhar para Ramalho, que deixou Alex Terra na cara do gol, mas o jogador chegou atrasado no lance.
Com tantas chances desperdiçadas, o Goiás acabou levando um susto aos 29 minutos. Numa roubada de bola no meio-campo, o Furacão puxou um bom contra-ataque que quase deu no segundo gol. Netinho, sempre ele, pela direita, lançou Wallysson, que surgiu em velocidade e bateu com violência na trave. O troco do Alviverde foi aos 32. Fabinho fez boa jogada pela esquerda para Alex Terra, que mandou na trave.
Nada dava certo para o Esmeraldino. Melhor para o Furacão, que aos 35 ampliou o placar. Alan Bahia dominou perto da meia-lua e tocou para Marcelo Ramos, que matou mal a bola. Ela voltou justamente para Alan Bahia, que de cara para o goleiro não desperdiçou, batendo firme: 2 a 0. Ao fim do primeiro tempo, o atacante rubro-negro Marcelo Ramos resumiu bem o que foi a superioridade no placar.
- Soubemos aproveitar bem as oportunidades, mas estamos perdendo bolas no meio-campo e falhando na marcação
Do lado goiano, o goleiro Harlei lamentou.
- Estávamos bem no jogo, mas acabamos tomando um gol de bola parada que não podíamos. Tínhamos sido alertados disso.
Corredor polonês e mais três gols
O desenho das equipes mudou no segundo tempo. Roberto Fernandes tirou um atacante, Wallysson, para pôr o meia Irênio, retornando ao 4-4-2. Do lado goiano, Oswaldo Alvarez, o Vadão, esperou mais um pouco para abrir a equipe. Aos 11 minutos, sacou um volante, Pituca, para pôr o atacante Rinaldo. O time ficou mais aberto, e isso foi fatal para a goleada sofrida (assista ao lado aos melhores momentos).
Antes disso, o camisa 10, Paulo Baier, atingido por um copo de plástico pela torcida do Furacão, deu inicio a uma cena inusitada. Ao fazer a reclamação e levar o objeto para o árbitro Paulo Cesar Oliveira, despertou preocupação na torcida do Atlético. Temerosos de que o clube seja punido com a perda do mando de campo, os torcedores trataram de identificar o agressor para que fosse retirado do estádio. Só que começaram a agredi-lo. Mesmo escoltado por policiais, o causador do tumulto foi obrigado a passar por um corredor polonês, recebendo socos e tapas.
Em campo, o Furacão dominava o meio-campo. Não demorou a chegar ao terceiro gol. E de bola parada. Deslocado pela esquerda, o lateral Nei centrou para Alan Bahia, que, livre, cabeceou sem defesa para Harlei, aos 19 minutos.
O Esmeraldino se perdia em campo. Para piorar, o volante Amaral cometeu uma falha clamorosa ao pegar com a mão a bola dentro da área, achando que o árbitro havia marcado falta na jogada anterior. Estava enganado. Acabou fazendo pênalti, que Marcelo Ramos não desperdiçou: 4 a 0, aos 30 minutos.
Tudo dava certo para o Furacão. Mal Pedro Oldoni entrou, no lugar de William, recebeu um presente do goleiro Harlei, que saiu mal do gol, para tocar de cabeça e ampliar para 5 a 0, aos 35 minutos. A festa estava completa.
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