Léo Iran / Portal 730
Por Thiago Martins / Portal 730
Em jogo alucinante, Goiás empata no fim contra o Atlético e conquista o título
A promessa de emoção foi cumprida e extrapolou os limites. No melhor jogo do Campeonato Goiano 2013, quem levou a melhor foi o melhor time durante a competição inteira. Depois de sair perdendo por 2 a 0, o Goiás mostrou sua força, sua torcida que empurra a equipe e conquistou o empate por 2 a 2, o sexto empate entre as equipes nos últimos seis jogos. Como tinha a vantagem, o Goiás conquistou o Bicampeonato Goiano.
O Jogo
A maioria esmagadora da torcida esmeraldina parece ter dado algo mais ao Goiás no início da partida. Com apenas um minuto de partida, o time alviverde conseguiu criar duas boas chances: primeiro em chute de Thiago Mendes que desviou e passou perto, saindo para escanteio, e depois na cobrança, quando Walter cabeceou para fora. Só que foi o Dragão quem saiu na frente e fez mais festa.
Aos cinco minutos, em falta cobrada do lado esquerdo, João Paulo cruzou com veneno, Harlei não conseguiu agarrar e o zagueiro Ednei, com o gol aberto, empurrou para as redes. O Goiás tentou não se desestabilizar e logo com 10 minutos, quase empatou, quando Sasha lançou Júnior Viçosa, em posição legal, mas no chute de esquerda, Márcio defendeu em dois lances. A emoção do jogo continuou, mas não daquelas de chances criadas, que todo o torcedor espera, mas sim o jogo pegado, brigado, cheia de conflitos.
João Paulo era o mais caçado em campo, seja por Vitor, Valmir Lucas ou Amaral. Em uma das faltas, Róbston reclamou com o árbitro e levou o amarelo, para se estabelecer a primeira confusão generalizada, onde Márcio e Diego Giarteta, companheiros de equipe, trocaram empurrões. O primeiro tempo se prolongou sem grandes chances, talvez uma respiração a mais para o que viria na etapa final.
2º tempo
Foram 45 minutos de tirar o fôlego de qualquer um presente no Serra Dourada. E começou muito mais rubro-negro do que nunca. Logo aos três minutos, Ricardo Jesus passou para Ernandes, de calcanhar, que cruzou da esquerda para Pipico, mas William Matheus não quis nem saber: tentou impedir o gol, mas fez ele mesmo, contra o patrimônio, para delírio atleticano e angústia esmeraldina.
O Goiás não desistiu jamais. Cinco minutos depois, Walter foi lançado do jeito que gosta, sem marcação e disparou, mas Márcio fez grande defesa. O tempo foi passando e Endersou foi ousado: além de Renan Oliveira, que havia entrado no intervalo na vaga de Dudu Cearense, o treinador lançou ao jogo Neto Baiano e Ramon nas vagas de Eduardo Sasha e William Matheus. Aos 19, Walter fez o cruzamento e Viçosa, de cabeça, perdeu. goias-campeao
Aos 23min, o lance que determinou a partida: após chutão da defesa, Pipico, sozinho, disparou ao gol de Harlei e na hora de finalizar, cara a cara, chutou para fora. O castigo para o atacante e para o Atlético veio trinta segundos depois: em cruzamento da direita de Vítor, a bola passou por todo mundo, mas não por Walter, que de chapa, desempatou o clássico. A pressão, a partir daí, foi monstruosa pelo lado verde, só que a defesa foi ficando cada vez mais desguarnecida.
O lance capital veio aos 38 minutos: William Barbio, que havia acabado de entrar, foi lançado, passou como quis por Ernando e na cara de Harlei, chutou forte e ela passou por cima, como um balde de água fria. Dois minutos depois, mais uma vez o castigo veio a galope: Walter finalizou, a bola passou na cara do gol e ninguém completou, Valmir Lucas pegou o rebote, cruzou e Neto Baiano, tão questionado, vaiado após polêmicas declarações, chutou rasteiro e fez o Serra tremer.
Na comemoração, uma briga generalizada entre jogadores das duas equipes que culminou com Vitor e Róbston expulsos após trocarem agressões. Com seis minutos de acréscimo, o Goiás se fechou na defesa e só esperou o apito final para gritar “É Campeão” mais uma vez.
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