CAMPEONATOS

Por UOL Esporte

Nos acréscimos, Ponte Preta vence Goiás por 3 a 2

A Ponte Preta fez valer a vantagem de atuar no Moisés Lucarelli e venceu o Goiás por 3 a 2, com gol de Vélber aos 49min do segundo tempo (depois de duas cobranças perdidas de Almir, mas que foram anuladas pelo árbitro). Com o resultado, a equipe alvinegra ganhou novo ânimo na disputa do Campeonato Brasileiro e conseguiu se afastar da zona de rebaixamento. O time esmeraldino, por sua vez, permanece em situação muito desconfor... Abrir crônica

Por UOL Esporte

Nos acréscimos, Ponte Preta vence Goiás por 3 a 2

A Ponte Preta fez valer a vantagem de atuar no Moisés Lucarelli e venceu o Goiás por 3 a 2, com gol de Vélber aos 49min do segundo tempo (depois de duas cobranças perdidas de Almir, mas que foram anuladas pelo árbitro). Com o resultado, a equipe alvinegra ganhou novo ânimo na disputa do Campeonato Brasileiro e conseguiu se afastar da zona de rebaixamento. O time esmeraldino, por sua vez, permanece em situação muito desconfortável e iguala o maior jejum de vitórias em brasileiros de sua história.

Um dos objetivos do técnico Marco Aurélio era não terminar a rodada na zona de descenso, e o triunfo garantiu isso. O clube campineiro chegou aos 22 pontos, ultrapassando o próprio Goiás, que possui dois pontos a menos.

A vitória pode garantir o início de uma nova fase para a Ponte Preta. Isso porque o time paulista realizou até então uma campanha bastante inconstante, com seis vitórias, quatro empates e oitos derrotas. Nas últimas duas rodadas, a equipe não teve grande atuação e não triunfou em nenhuma delas (perdeu para o Fortaleza por 3 a 1 e empatou sem gols com o Flamengo).

"Todos fizemos uma grande partida. E, na verdade, é isso que a torcida merece. Só precisamos manter a regularidade e continuar somando pontos, já que desperdiçamos muitos até agora", comentou o meia Vélber, autor de dois gols ponte-pretanos.

Além disso, o resultado melhora a seqüência de Marco Aurélio à frente do time. Após ser contratado para o lugar de Osvaldo Alvarez, o treinador soma agora quatro vitórias, dois empates, além de quatro derrotas. Isso deixa o treinador com um aproveitamento de 46% do total de pontos disputados.

Em contraste com a melhora momentânea do adversário, o Goiás permanece em situação crítica. O clube chega agora à sua nona partida consecutiva sem vencer. Somente em uma oportunidade (no ano de 2002), na história do campeonato, a equipe esmeraldina teve uma seqüência tão ruim.

O Goiás voltará a campo nesta quarta-feira, no Serra Dourada, contra o atual campeão da Copa Libertadores: o Internacional. No mesmo dia, a Ponte Preta reencontra o técnico Vadão, que comanda agora o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba.

O jogo

Insatisfeito com o rendimento da equipe nas últimas rodadas, Marco Aurélio escalou o time com cinco mudanças. "Conversamos com o treinador e chegamos à conclusão que precisávamos de uma postura renovada", comentou o meia Vélber, promovido ao time titular momentos antes da partida.

Entretanto, quando a partida começou, foram os visitantes que apresentaram maior domínio das jogadas. Melhor postado em campo, o time de Geninho tentou se aproveitar das subidas pelas alas do campo, principalmente pela esquerda, com Jadílson. Aos 12min, o volante Danilo Portugal arriscou chute da intermediária e acertou o travessão do goleiro Aranha.

Mesmo assim, foram os anfitriões que saíram na frente. Três minutos depois, o zagueiro Régis se aproveitou de cobrança de escanteio da direita, de Vélber, e subiu sozinho para cabecear no canto direito de Harlei, abrindo o marcador no Moisés Lucarelli.

O lance motivou os donos da casa, que não demoraram para fazer o segundo. Aos 19min, Vélber dominou a bola na ala esquerda, invadiu a área adversária e acertou lindo chute, no canto esquerdo da meta goiana, para ampliar o placar. Após o gol, a Ponte Preta diminuiu o ritmo do jogo, dando prioridade à marcação. O Goiás ainda teve nova chance aos 42min, quando Welliton cabeceou na trave de Aranha, mas os visitantes não conseguiram diminuir até o intervalo.

O segundo tempo começou muito similar ao término da etapa inicial. Porém, as entradas de Cléber Gaúcho e Hugo Leonardo deram nova movimentação ao time visitante, que diminuiu aos 10min. Após disputa com a zaga da Ponte Preta, Souza ganhou a jogada dentro da área e chutou forte para marcar seu oitavo gol na competição.

Com o gol, a equipe de Geninho ganhou novo ânimo e se lançou para o ataque. Contudo, os anfitriões tentaram se aproveitar dos contra-ataques e quase ampliaram aos 22min, em dois lances de muito perigo.

No primeiro deles, Iran recebeu passe dentro da área e chutou rasteiro, mas o gol foi evitado com grande defesa de Harlei. Na jogada seguinte, Thiago Carpini acertou forte chute, mas a bola ficou na trave da meta esmeraldina.

O empate do Goiás veio aos 27min, quando Welliton recebeu passe na grande área e tocou na saída do goleiro Aranha.

A partir daí, o jogo ficou mais aberto, já que o empate não era bom para nenhuma das equipes. Contudo, o time da casa saiu vitorioso aos 49min. Almir se encarregou da cobrança de pênalti cometido por Cléber Gaúcho e perdeu duas cobranças, que o juiz Álvaro Azeredo Quelhas mandou voltar, indicando que o goleiro Harlei havia se adiantado. Vélber assumiu a cobrança e bateu no canto esquerdo do goleiro, decretando o triunfo para o time de Campinas.

Geninho na bronca

Após o término da partida, o técnico Geninho se mostrou bastante insatisfeito com a marcação do pênalti de Cléber Gaúcho. Após duas defesas do goleiro Harlei em cobranças de Almir, o árbitro mandou ambas serem repetidas pelo motivo de o jogador do Goiás ter se adiantado.

Depois da conclusão de Vélber e do fim do confronto, o treinador do time do Cerrado se dirigiu aos juízes, ameaçando principalmente o auxiliar Rodrigo Otavio Baeta, que indicou os avanços do goleiro visitante. "Espero que você esteja certo, senão nunca mais vai bandeirar. E olha que tenho muitos amigos", declarou.

Minutos depois, mais calmo, Geninho voltou atrás e se encaminhou para os vestiários de forma mais tranqüila. "De onde eu estava, não parecia que o Harlei havia se adiantado, mas não dá para saber sempre essas coisas", disse o comandante. Fechar crônica