Gaspar Nóbrega / VIPCOMM
Por Marcelo Prado e Daniel Romeu / Globoesporte.com
Coadjuvantes brilham, São Paulo bate Atlético-GO e abre vantagem
Paulo Miranda e Osvaldo marcam, e Tricolor fica cinco pontos à frente do Vasco, primeiro fora do G-4. Na lanterna, Dragão segue em situação ruim
Pela primeira vez desde que chegou ao São Paulo, o técnico Ney Franco pôde escalar a equipe que considera ideal. Mas, na noite desta quinta-feira, no Morumbi, não foram as principais peças que resolveram a partida contra o Atlético-GO. Coadjuvantes de um esquema cada vez mais consolidado, Paulo Miranda e Osvaldo marcaram os gols da equipe tricolor, que não foi brilhante, mas mostrou segurança e fez o suficiente para vencer o lanterna do Brasileirão por 2 a 0. Luis Fabiano ainda perdeu um pênalti.
Além dos três pontos, o Tricolor mostrou mais uma vez que é muito difícil de ser batido em casa. São 16 partidas como mandante, sendo 13 vitórias, um empate e apenas duas derrotas. Aproveitamento de 83,3%. A equipe do Morumbi manteve-se no G-4, agora com 55 pontos, e abriu cinco de vantagem para o Vasco, que perdeu o clássico contra o Botafogo, no Engenhão.
Pelo lado do Atlético-GO, fica a constatação de que o rebaixamento é apenas uma questão de tempo. O time acumulou sua 18ª derrota em 31 partidas e segue na última posição, com 23 pontos, 12 atrás do Bahia, primeira equipe fora do Z-4. Faltam apenas sete rodadas para o fim da competição, e o time do Centro-Oeste precisaria vencer seus jogos e ainda torcer por uma combinação de resultados.
Os dois times voltam a campo no domingo. O São Paulo enfrenta o Flamengo, no Engenhão, às 16h (de Brasília). O Dragão duela com o também ameaçado Sport, no Serra Dourada, às 18h30m
Após susto do Dragão, São Paulo toma conta do jogo
Quando as escalações de São Paulo e Atlético-GO foram anunciadas, ficou claro quais seriam as posturas das equipes. O Tricolor, no 4-3-3, repetiu a formação que teve êxito nas últimas cinco partidas, com Lucas e Osvaldo aberto pelas pontas, Luis Fabiano centralizado e dois volantes de marcação. No Dragão, Artur Neto montou um ferrolho com cinco homens no meio e apenas Ricardo Bueno no ataque.
Curiosamente, o primeiro ataque perigoso foi do lanterna do Brasileirão, em chute de Dodô. Rogério Ceni defendeu. Os primeiros dez minutos mostraram os donos da casa titubeantes e presos na marcação adversária. A situação começou a mudar aos 13, quando Márcio fez boa defesa em chute de Osvaldo. A partir daí, o Tricolor tomou conta do jogo. A estratégia goiana era marcar as principais peças do anfitrião. Mas se Lucas e Jadson eram bem vigiados, sobrava espaço para os outros atletas. Assim começou a sobressair o futebol de Paulo Miranda.
Aos 17, ele avançou ao ataque e deu assistência a Luis Fabiano, que bateu para fora, à esquerda de Márcio, que passou a travar um duelo à parte com o Fabuloso. Aos 27, o camisa 1 fez duas grandes defesas em chute e cabeçada do artilheiro. O gol são-paulino parecia questão de tempo. E surgiu logo depois, aos 28, com Paulo Miranda. Após chute de Toloi e defesa de Márcio, a bola sobrou limpa para o defensor, que, posicionado como se fosse um centroavante, empurrou para o fundo das redes.
O Tricolor seguiu soberano, e o Atlético-GO se perdeu. Ricardo Bueno até deu um chute perigoso, aos 32, mas nada que ameaçasse o domínio da equipe da casa. No minuto seguinte, novo round da disputa entre o Luis Fabiano e Márcio: o goleiro fez grande defesa em cabeçada do atacante. Se estava conseguindo parar Luis Fabiano, Márcio não foi páreo para Osvaldo. que fez um golaço aos 38. Ele passou por dois marcadores pela esquerda, invadiu a área e bateu com muita tranquilidade na saída do arqueiro rival: 2 a 0 e festa no Morumbi
Jogo morno na etapa complementar
Satisfeito com a vitória e com o jogo totalmente controlado, o Tricolor diminuiu seu ritmo. Do outro lado, o Atlético, que voltou com o atacante Felipe na vaga do lateral Eron, assustou no primeiro minuto, em chute de Dodô bem defendido por Rogério Ceni. Depois, o Dragão não chegou mais.
Com marcha lenta acionada, o São Paulo só foi atacar aos 14, quando Lucas recebeu na área e, de pé direito, acertou a trave de Márcio. O Tricolor já havia tracado a velocidade da etapa inicial pela cadência na troca de passes. Aos 33, teve boa chance para ampliar quando Luis Fabiano foi derrubado na área por Diego Giaretta. Pênalti marcado por Márcio Chagas da Silva e desperdiçado por Fabuloso, que exagerou na força e acertou o travessão.
Preocupado com o desgaste físico e com o fato de ter muitos atletas pendurados, Ney Franco aproveitou para fazer alterações no São Paulo. Ele sacou Jadson e Osvaldo para colocar Maicon e Cícero. Com festa nas arquibancadas, o time se limitou a tocar a bola até o fim e comemorou a importante vitória. Para o Dragão fica a impressão de que 2012 já era.
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