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Por Fernando Vasconcelos / GloboEsporte.COM
Atlético e Figueirense empatam para apenas 988 pagantes.
A partida era histórica para o Atlético-GO, que fazia sua estreia em competições internacionais. Mas o torcedor do Dragão não deu muita bola. Apenas 988 pagantes assistiram ao empate por 1 a 1 contra o Figueirense, em partida válida pela primeira fase da Copa Sul-Americana. O goleiro Márcio, de pênalti, abriu o placar para os donos da casa no primeiro tempo, enquanto Loco Abreu marcou pela primeira vez com a camisa do Figueira e empatou na etapa final.
O resultado é bom para os catarinenses, que jogarão por empate sem gols no jogo da volta para se classificarem à próxima fase. As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 23 de agosto, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Nova igualdade por 1 a 1 levará a decisão para os pênaltis. Qualquer outro empate (2x2, 3x3, 4x4...) dá a vaga ao Atlético-GO na fase internacional do torneio. Apesar do resultado ruim, o técnico Jairo Araújo acredita que o time goiano poderá reverter a situação.
- O gol deles tem um peso maior por ter sido marcado fora de casa, mas não existe impossibilidade de chegarmos lá (Santa Catarina) e fazermos um ou dois gols. Estamos vivos.
Pelo lado do Figueirense, o técnico Hélio dos Anjos não poupou críticas à arbitragem, que marcou impedimento inexistente de Loco Abreu no primeiro tempo em lance que poderia ter originado o primeiro gol catarinense.
- Eu vou ser muito sincero, não entendo porque esse juiz (Péricles Bassols) é ‘Fifa’. Nestas horas a gente se preocupa. Não sei porque ele estava apitando e o Paulo César de Oliveira era árbitro reserva. Mas tudo bem, conseguimos um bom resultado.
Os dois treinadores não mediram esforços. Hélio dos Anjos e Jairo Araújo escalaram suas principais peças e tentaram esquecer a dura realidade do Campeonato Brasileiro, competição na qual Atlético-GO e Figueirense ocupam as últimas colocações. O cenário foi parecido com o do dia 19 de julho, quando os dois times se enfrentaram pela Série A. Foi um jogo aberto, com boa participação pelas laterais, principalmente por parte da equipe goiana no primeiro tempo.
Eron aparecia com perigo desde o início e foi o responsável pela primeira chance de gol rubro-negra. Aos 12, ele cruzou para a área, e Marcos deu uma de zagueiro, atrapalhando a jogada do próprio Atlético-GO. O Dragão era mais ofensivo, porém, o Figueira teve boa chance aos 16 minutos. Loco Abreu recebeu lançamento de Júlio César em condição legal. Antes de o uruguaio finalizar para o fundo do gol, a arbitragem já assinalava impedimento de forma equivocada.
Após o susto, o Atlético-GO teve boa oportunidade com Ricardo Bueno, que finalizou por cima do gol após cruzamento de Eron. Era mais uma jogada pelo lado esquerdo. Eron seria decisivo ainda no primeiro tempo. Wesley e Joilson também levaram perigo ao gol de Ricardo. Escalado com três atacantes de ofício, assim como o adversário, o Figueirense encontrava dificuldades no setor de criação porque Júlio César, que atuava mais recuado, não conseguia desempenhar a nova função com eficiência.
Goleiro-artilheiro abre o placar
Com mais tempo de bola no ataque, o Dragão abriu o placar aos 36 minutos. Em nova jogada pela esquerda, Eron foi derrubado por Doriva dentro da área, e a arbitragem marcou pênalti. O goleiro Márcio, que já havia marcado contra o Figueirense no Campeonato Brasileiro, foi para a cobrança e balançou as redes novamente: Atlético-GO 1 a 0. Foi o 23º gol em jogos oficiais do goleiro rubro-negro.
Em desvantagem, os catarinenses cresceram ainda na etapa inicial. Aos 41, após boa troca de passes, Loco Abreu recebeu passe de Júlio César e escorou para Caio, que finalizou muito perto do travessão. Nos acréscimos, Fred cobrou falta com força e obrigou Márcio a fazer boa defesa.
Loco Abreu marca o primeiro pelo Figueira
A única alteração no intervalo foi promovida por Jairo Araújo. O treinador do Atlético-GO, que tinha sinalizado até mesmo com a possibilidade de poupar Wesley, substituiu o jogador por Diogo Campos. A alteração não mudou o cenário da partida, o que era ruim para o Figueirense, que perdia o jogo. Hélio dos Anjos esperou 15 minutos para usar o banco de reservas e empatar o duelo.
Ronny e Aloísio entraram em campo e construíram a jogada do gol de catarinense. Aos 23, Ronny arriscou da intermediária, e
Márcio rebateu mal. Aloísio ficou com a sobra dentro da área e tocou para Loco Abreu. Livre, o uruguaio só empurrou para o fundo das redes: 1 a 1. Foi o primeiro gol de Loco em três partidas pelo Figueirense.
No fim do jogo, o Atlético-GO se lançou ao ataque, mas o Figueirense estava bem armado não só para se defender, mas também para contra-atacar. Aloísio fazia bom jogo. Aos 44, ele até deu passe para que Guilherme Lazaroni fizesse o gol, mas a arbitragem marcou impedimento do atacante.
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