Federação Goiana de Futebol
Por: Thiago Martins / Portal 730
Em jogo tumultuado, Goiás arranca empate contra o Goianésia no Vale
Não havia nada de falso quando os esmeraldinos diziam “jogar em Goianésia é muito difícil”. Isso ficou provado em uma partida bem diferente dos dois primeiros embates entre as equipes na competição, quando o Goiás venceu e sobrou em campo. Dessa vez, o Verdão passou perto de perder a invencibilidade, mas com uma bela cobrança de falta de David, conseguiu empatar com o Goianésia por 1 a 1 no Valdeir José de Oliveira.
O Jogo
A pressão e a empolgação do Azulão do Vale era ingredientes esperados, mas o sono dos esmeraldinos nos primeiros minutos, não. Logo no primeiro minuto de jogo, Clayton Sales perdeu bola no meio-campo para Paulo César, que carregou, livre de marcação, e na entrada da área, cortou para a perna direita, a perna fraca, e mesmo assim bateu colocado, no canto direito, para marcar um belo gol e explodir o torcedor.
O gol assustou os esmeraldinos, que aos poucos tentaram manter a tranquilidade e se reerguer. A primeira finalização de mais perigo esmeraldino pintou apenas aos 21min, quando a bola foi cruzada e Ramon cabeceou, mas a bola passou perto. Dois minutos depois, Araújo, o do Azulão, disparou chute de longe, cruzado, mas Renan defendeu sem problemas. Debaixo de um sol forte e mais desgastado que o rival, o Goianésia propôs se fechar e dar o bote quando o Goiás se abrisse. Mas a pressão foi difícil de segurar.
Aos 32, em uma das poucas jogadas bem trabalhadas do time da casa, André Beleza arriscou com violência e Renan espalmou com dificuldade. Aos 40, o embate dos “Araújos” na partida impediu o empate esmeraldino. Ramon cruzou na medida, a zaga do Goianésia não conseguiu afastar e a bola sobrou para o Araújo esmeraldino bater forte, no canto direito, mas o Araujo do Azulão tirou em cima da linha.
2º tempo
A etapa final começou a mesma forma que a primeira: com o Goiás passando maus bocados. Logo no primeiro minuto, Paulo César tentou a sorte novamente, só que dessa vez, bem mais distante do gol, o chute cruzado passou acima de Renan e do gol. Um minuto depois, os esmeraldino temeram pelo pior: Tiago Real subiu para disputar uma bola e acertou uma cotovelada visível em Paulo Vitor, na frente do árbitro. Expulsão direta e sem direito a reclamação.
Só que, contrariando qualquer lógica, o Goiás cresceu em campo e se tornou mais perigoso. Tanto que, aos sete minutos, Thiago Mendes foi derrubado na entrada da área, quase em cima da linha. Na cobrança, David, que havia errado duas na etapa inicial, colocou com precisão no canto esquerdo, o canto do goleiro Paulo Musse, que deu um passe para a direita e não conseguiu voltar à tempo de evitar o empate esmeraldino.
Com um a mais, o Goianésia, já apresentando sinais de cansaço, tentou pressionar. Aos 21, Nonato tentou a finalização e Renan defendeu sem maiores problemas. Aos 30, novamente Renan impediu o desempate, dessa vez em chute de André Beleza, de longe, que o goleiro espalmou para escanteio. O jogo, que era quente, pegou fogo, lamentavelmente, com um problema fora de campo. Aos 40 minutos, um torcedor do Goiás arremessou uma garrafa d’agua que pegou na cabeça do 4ª arbitro, Osimar Moreira, que caiu e teve de ser atendido.
Mesmo com o ocorrido, a torcida esmeraldina e até os dirigentes ficaram revoltados com o 4ª árbitro, acusando-o de fazer cena e de tentar prejudicar o Goiás na competição. Na reta final, sobrou apenas uma finalização do lateral esquerdo Lima, aos 48 minutos, que fez Paulo Musse se esticar para defender.
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