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Por GloboEsporte
Ceará domina e começa na frente, mas cede empate ao Dragão no fim
Por 49 minutos o Ceará segurou o que seria sua primeira vitória no segundo turno do Brasileirão. No entanto, Felipe saiu do banco de reservas do Atlético-GO para garantir o empate por 1 a 1 entre o Dragão e o Vovô, no estádio Presidente Vargas, pela 23ª rodada do Brasileirão. Pelas circunstâncias, o time goiano comemorou o resultado, já que foi pressionado pelo time cearense durante boa parte da partida. Já o Ceará viu a chance de se recuperar na competição escapar nos minutos finais do segundo tempo.
Egídio, aos 38 minutos da primeira etapa, abriu o placar para o Ceará. Felipe foi o autor do gol rubro-negro, já aos 42 da segunda etapa. O resultado mantém as duas equipes estacionadas no meio da tabela. O Dragão se mantém em 11º, agora com 30 pontos conquistados, e depois da sequência de cinco vitórias consecutivas completou agora o terceiro jogo sem um triunfo. O Alvinegro cearense perdeu a oportunidade de ultrapassar o próprio Atlético-GO e também não se moveu na tabela, é o 15º, com 27 pontos ganhos. O Vovô já está há quatro rodadas sem vencer.
Na próxima rodada o Ceará vai até o Morumbi enfrentar o São Paulo, às 18h do próximo sábado. No mesmo dia e horário, o Atlético-GO recebe o Atlético-MG no estádio Serra Dourada, em Goiânia.
Pressão do Vovô
Disposto a afastar a sequência ruim das últimas três rodadas, o Ceará não perdeu tempo. Os primeiros 20 minutos da partida foram todos do Vovô. Tanto que logo no primeiro minuto de jogo Washington cabeceou uma bola na trave após um cruzamento de Egídio. As jogadas pelas laterais eram as principais armas da equipe cearense. Além do lateral-esquerdo, e de João Marcos pela direita, outro jogador infernizou a defesa rubro-negra nas investidas pelos lados do campo: Osvaldo.
O atacante, que tem sido o destaque dos cearenses nesta Série A, abusava da velocidade pelos dois flancos do campo. Com 11 minutos de bola rolando, o Ceará já tinha seis finalizações, enquanto o Dragão não tinha nada. O primeiro chute a gol do time goiano veio somente aos 13 minutos, quando Anselmo arriscou de fora da área, mas a bola passou longe do gol de Fernando Henrique.
Mas era o Ceará que comandava a partida. Marcando forte a saída de bola dos rubro-negros, o Vovô continuava levando perigo com Osvaldo. Mas, aos poucos, o Dragão foi encaixando seu jogo. Mais cadenciado, conseguiu encontrar espaços para chegar ao gol de Fernando Henrique e equilibrou um pouco a partida. O primeiro grande lance dos goianos na partida foi aos 24 minutos, quando Ernandes recebeu na intermediária direita, puxou para a perna esquerda e soltou a bomba, mas a bola passou à esquerda da meta cearense.
'Cavadinha' decisiva
O sinal de que o Atlético-GO realmente havia acordado para o jogo surgiu seis minutos mais tarde, quando Juninho protagonizou um dos lances mais belos da partida. O baixinho recebeu passe de Rafael Cruz pela direita e, com um drible de corpo, passou por dois marcadores e chutou forte, mas Fernando Henrique fez a defesa.
Entretanto, a reação atleticana foi freada por um lance totalmente despretensioso. Após criar várias chances e insistir de todas as formas possíveis, o Ceará encontrou seu gol de uma forma que nunca imaginaria. Aos 38 minutos, Egídio avançou pela esquerda e cruzou, dando a chamada ‘cavadinha’ na bola, e encobriu o goleiro Márcio, que só viu a bola quando ela balançou suas redes. Três minutos depois Ernandes tentaria empatar pelo lado rubro-negro fazendo a mesma coisa, mas Fernando Henrique foi mais eficiente que Márcio e fez a defesa.
Felipe entra e salva o Dragão
O Ceará não voltou com o mesmo ímpeto da primeira etapa, mas continuava melhor na partida. O Vovô insistia com as jogadas em velocidade de Osvaldo pelos lados do campo e também nos cruzamentos na área para tentar achar Washington. Mas era o camisa 11 quem levava mais perigo ao gol atleticano. Aos 9 minutos, o atacante recebeu dentro da área e soltou a bomba de esquerda, mas Márcio mostrou por que ainda tem muito crédito com a torcida atleticana. Thiago Humberto também começou a aparecer mais para a partida, sempre arriscando de longe, mas sem sucesso.
O Atlético-GO não se intimidou. Sem criatividade, a equipe goiana também abusava das bolas alçadas na área, mas sempre esbarrando em Fernando Henrique ou na falta de precisão das cabeçadas de Anselmo. As bolas paradas passaram a ser uma importante arma do time do técnico Hélio dos Anjos. Aos 19 minutos, o jovem Gérson, que entrara no intervalo da partida na vaga de Pituca, fez uma ótima cobrança de falta pelo lado direito do ataque rubro-negro, e obrigou Fernando Henrique a fazer uma defesa difícil.
Lento na transição da defesa para o ataque, o time atleticano chegou pouco ao gol de Fernando Henrique. Enquanto isso, o Ceará cadenciava mais a partida e administrava mais o empate. Hélio dos Anjos tentou dar mais força ofensiva ao seu time ao lançar Felipe na vaga de Joílson, mas demorou a ver a alteração surtir efeito. O atacante entrou muito tímido na partida e foi presa fácil para a marcação cearense, assim como seus companheiros Juninho e Anselmo.
Entretanto, aos 42 minutos, quando as duas equipes já diminuíam o ritmo na partida, Felipe deixou orgulhoso o seu treinador por ter realizado a substituição. Em cobrança de falta, Gérson cruzou a bola na área, e a pelota sobrou para o atacante, que, de primeira, soltou uma bomba e empatou a partida para o Dragão. O gol mudou totalmente a cara da partida, que era morna até então. O Ceará correu atrás do gol e deu espaços para o contra-ataque dos goianos. Porém, o placar não foi alterado, para alívio dos atleticanos e desespero dos cearenses.
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