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No reencontro com Geninho, Atlético-PR sofre, mas ganha primeira
Furacão abre vantagem no primeiro tempo, recua no segundo, sofre pressão do Atlético-GO, mas consegue quebrar jejum no Brasileirão-2010
Sob o comando de Geninho, o Atlético-PR obteve sua maior conquista: o título brasileiro de 2001. E nesta quinta-feira, no reencontro com o técnico na Arena da Baixada, o Furacão também conseguiu um bom resultado. Diante do Atlético-GO, atual clube do treinador, o Rubro-Negro paranaense alcançou a primeira vitória no Nacional-2010: 2 a 1, pela quarta rodada da competição. Mas para chegar ao objetivo, o Furacão sofreu. O time goiano pressionou nos 15 minutos finais e por muito pouco não deixou Curitiba com um ponto.
Com o triunfo, o Rubro-Negro do Paraná deixou a zona de rebaixamento, chegando ao 15º lugar, com quatro pontos. O atual campeão goiano tem apenas um e ocupa a penúltima colocação.
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
As duas equipes voltam a atuar no próximo domingo. O Atlético-PR vai ao Beira-Rio encarar o Internacional, às 16h (de Brasília). O Atlético-GO disputa o clássico local contra o lanterna Goiás no Serra Dourada, às 18h30m.
Geninho é recebido com festa na Arena
Ao pisar no gramado da Arena da Baixada, Geninho ouviu seu nome ser gritado por torcedores. E negou ter recebido um convite para voltar a comandar o Furacão. Apesar de sete desfalques (Márcio, Ayrton, Gilson, Rodrigo Tiuí, Thiago Feltri e Thiago Almeida, todos contundidos, e Agenor, suspenso), o Atlético-GO criou a primeira chance da partida aos três minutos. Juninho cruzou da direita para Marcão. O centroavante dominou a área e concluiu cruzado, com perigo.
Consciente de que a diretoria procura um novo treinador e que voltará ser auxiliar, Leandro Nieheus montou uma formação mais ofensiva no papel para o Atlético-PR, com o atacante Bruno Mineiro no lugar do volante Alan Bahia. E Branquinho no meio-campo, dividindo a responsabilidade de armas as jogadas com Paulo Baier. Vice-campeão paulista pelo Santo André, Branquinho mostrou habilidade, mas o time paranaense mostrou dificuldades iniciais de criar jogadas de perigo. Nos primeiros 15 minutos, a equipe da casa se limitou a cruzar bolas na área, invariavelmente rebatidas pelos defensores do campeão goiano.
E diante da dificuldade dos dois times de articularem jogadas de ataque, um gol somente sairia em um lance fortuito. E foi o que aconteceu aos 19 minutos. Junto à lateral esquerda, Paulo Baier cobrou falta para dentro da área. O goleiro Edson saiu para defender, mas se atrapalhou com o zagueiro Welton Felipe, e a bola foi direto para a rede.
Se os erros de passes eram frequentes, arremates corretos ao gol eram raros. Somente aos 26 minutos um dos arqueiros foi exigido. Juninho recebeu na área do Atlético-PR e chutou para defesa tranquila do goleiro Neto. Três minutos depois, o camisa 1 do time da casa precisou se esforçar mais. Ramalho centrou para Keninha. O meia ganhou pelo alto de Wagner Diniz e cabeceou para o gol. Neto se esticou e espalmou para córner, em uma linda intervenção.
E no momento em que o visitante era melhor, o Atlético-PR ampliou. Com um golaço. Wagner Diniz avançou pela direita aos 32, deixou Ramalho no chão com um corte seco, driblou Chiquinho e Jairo ao mesmo tempo, e chutou forte, sem defesa para o goleiro Edson.
O gol sofrido pareceu abalar o Atlético-GO e por pouco o time goiano não foi para o intervalo com um prejuízo maior. Aos 36, Diniz fez nova boa jogada pela direita e cruzou para Bruno Mineiro. O atacante cabeceou na pequena área, e Edson fez um milagre, evitando o gol (no vídeo acima). O arqueiro voltou a trabalhar bem aos 41 e 44, defendendo chutes à queima-roupa de Alex Mineiro e Bruno Mineiro.
Atlético-GO melhora no segundo tempo e quase empata
Com o domínio do adversário na reta final do primeiro tempo e inferiorizado no marcador, Geninho mudou o time para a etapa final, com Elias no lugar de Marcão. E a substituição deu resultado rápido. O atacante levou perigo logo com três minutos. Chiquinho cruzou da direita, e Elias se abaixou e conseguiu completar de cabeça. A bola, caprichosamente, acertou a quina direita da trave.
Em vantagem, o Atlético-PR passou a esperar o adversário em seu campo de defesa, aguardando a oportunidade de sair em contra-ataques. Alex Mineiro perdeu ótima chance aos dez, livre, quase na risca da pequena área, chutando longe do gol.
A batalha do Dragão pela reação no jogo ficou comprometida aos 13 minutos. Keninha, que já havia recebido amarelo, deu um carrinho imprudente em Branquinho em jogada no campo de ataque. Resultado: recebeu o vermelho. Mesmo com um homem a menos, o Rubro-Negro de Goiás não esmoreceu e por pouco não diminuiu aos 18. Elias deu dois dribles na entrada da área e chutou. A bola desviou em Rodolpho, enganando o goleiro Neto. Márcio Azevedo entrou em ação e mandou para escanteio quase em cima da linha, evitando o gol.
Com a equipe acomodada em campo graças à vantagem no placar e número de atletas em campo, o treinador Leandro Niehues mandou Tartá a campo no lugar de Bruno Mineiro. Mas foi o Atlético-GO que chegou ao gol. Em um lance polêmico. Aos 26, Robston cruzou da direita, e Elias caiu na área em disputa com Wagner Diniz. O árbitro Cláudio Luciano Mercante Júnior não só marcou o pênalti, como expulsou o lateral, com excesso de rigor. O próprio Elias cobrou no canto direito e diminuiu.
O gol e a igualdade no total de jogadores animaram a equipe visitante. E Geninho mandou o time para frente, trocando o volante Ramalho pelo atacante Boka. E em sua primeira participação, o avante deixou Chiquinho livre à frente do goleiro. Mas o lateral-esquerdo chutou mal, à direita da meta, perdendo uma chance de ouro para empatar.
O jogo, que em certa altura parecia tranquilo para o Atlético-PR, ficou complicado para o anfitrião. Além da preocupação com a pressão adversária, torcedores do Furacão ficaram revoltados com a decisão de Leandro Niehues de trocar o meia Branquinho, o melhor do time em campo, pelo lateral Lisa. Primeiro, se ouviu o coro de 'burro' no estádio. Depois, o nome 'Geninho', em um pedido para a troca do atual técnico pelo antigo comandante.
E a revolta só não foi maior porque o goleiro Neto e a trave salvaram o time da casa. Robston arriscou de fora da área aos 41, e o arqueiro mandou para escanteio. Na cobrança, Welton Felipe desviou de cabeça. A bola tocou na trave direita e voltou nas mãos de Neto (assista no vídeo acima). O goleiro salvou de novo aos 44. Juninho invadiu a área e mandou uma bomba. O camisa 1 desviou, e a bola ainda tocou no poste esquerdo. Nos acréscimos, foi Manoel quem evitou o empate, se antecipando antes que a bola chegasse aos pés de Elias na pequena área. Aos torcedores do Atlético-PR, restou torcer para o juiz dar o apito final. E a primeira vitória do Furacão no Nacional foi acompanhada de vaias ao fim do jogo.
por: globo.com
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