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30/06/2020 11:45 • Atualizada em 30/06/2020 12:12
Atacante carioca fez parte do lendário Azulão campeão goiano de 1992
Quando Emanoel Sacramento deixou Mesquita, no Rio de Janeiro, para uma longa viagem de ônibus até o interior de Goiás, ele não imaginava a história que faria e como deixaria seu nome gravado no futebol goiano. O atacante Pirata faria parte de uma equipe histórica que encantou: o Goiatuba campeão de 1992. Agora na função de treinador, sonha em voltar ao futebol goiano e escrever mais um capítulo nesta história.
Pirata se lembra que sua chegada ao futebol goiano aconteceu em dezembro de 1989, quando fez um teste. A longa e difícil viagem impediu que ele mostrasse sua melhor forma. "Fui para Goiás fazer um teste e o treinador era o Marcius Fleury, no início ele até não gostou muito do meu futebol. Não comi nada durante a viagem do Rio, ainda tomei uma vacina para febre amarela em Itumbiara. Não consegui treinar bem", recordou.
Mas o atacante teria uma segunda chance e, desta vez, agradaria ao técnico Marcius Fleury, a quem Pirata tem muita gratidão pela oportunidade. Começava ali a história que culminou no título de campeão goiano de 1992.
"Fizemos grandes campeonatos em 1990 e 1991, em 1992 foi aquela festa. Acredito que essa liga que o time apresentou foi graças à manutenção de boa parte do elenco desde 1990", avaliou Pirata. Neste processo, muitos jogadores do Goiatuba foram emprestados ao Piracanjuba, onde conquistaram a Divisão de Acesso de 1991.
Veja como foi o Campeonato Goiano de 1992
O ex-atacante declarou seu amor pelo Azulão. "Eu sou Goiatuba de coração, trago o sangue azul em minhas veias. Me tornei um cidadão goiatubense e tenho muito orgulho disso", frisou.
No ano seguinte, Pirata foi contratado como reforço de peso pelo Goiás. No entanto, não conseguiu repetir o mesmo êxito na Serrinha. O ex-atacante se lembra que uma lesão e alguns problemas internos atrapalharam sua passagem pelo time esmeraldino.
"Cheguei para substituir o Túlio (Maravilha) e até comecei bem, mas tive uma lesão na coxa que me atrapalhou muito. Outros problemas internos também aconteceram", se lembra Pirata, que foi importante na reta decisiva do Campeonato Goiano de 1993 na semifinal contra o Mineiros e na decisão contra o Vila Nova.
Pirata confessa que sua passagem pelo time esmeraldino não aconteceu como ele esperava. "Fui para o Goiás como uma estrela e saí pela porta dos fundos. Infelizmente não consegui fazer o que mais sabia, que era gols", disse.
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Veja o perfil de Pirata no Futebol de Goyaz
Depois de rodar por Athletico-PR e São Caetano, Pirata voltou ao Goiatuba para jogar a Série B do Brasileiro de 1994. No ano seguinte, começou sua história na Anapolina, último clube que defendeu no futebol goiano. Em 1995, ano de seu casamento, e depois entre 2004 e 2005, quando retornou do exterior onde jogou em Portugal, México e Honduras.
"Foi muito gratificante ter jogado na Xata, é um clube muito querido em Anápolis. Ficou marcante para mim porque me casei quando jogava na Anapolina e foi o clube de onde saí para Europa e que marcou meu retorno ao futebol brasileiro", recordou.
Professor Emanoel Sacramento
Após pendurar as chuteiras, Pirata começou a trabalhar como auxiliar técnico na Anapolina. Posteriormente foi para o futebol do Rio de Janeiro trabalhar nas categorias de base do Mesquita. Em 2009, o treinador, agora conhecido por Emanoel Sacramento, foi campeão do Campeonato Carioca sub-20 com o Tigres do Brasil. Trabalhou em diversos clubes do Rio de Janeiro, no Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Norte e atualmente está no 4 de julho, do Piauí.
O ídolo do Goiatuba não esconde o desejo de voltar a trabalhar no futebol goiano e até disse que já recebeu algumas sondagens no passado. "Tenho muita vontade de trabalhar no futebol goiano, vai ser um presentão quando eu receber esse convite", finalizou.