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11/06/2020 12:00
Revelado pelo Vila Nova, atacante vira atração em suas primeiras convocações
O Brasil enfrentou a seleção da Holanda, em duas oportunidades, no ano de 1999, nos primeiros jogos do técnico Wanderley Luxemburgo a frente da nossa seleção ao substituir Zagallo após a derrota para a França na final da Copa do Mundo no ano anterior. As cidades de Salvador e Goiânia foram as escolhidas para sediar o reencontro em junho de 1999 e a sequencia da preparação da seleção para a disputa da Copa América, no Paraguai, e pensando nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000).
No primeiro jogo, na capital baiana, o duelo terminou empatado por 2 a 2. Os gols foram marcados por Amoroso e Giovanni para a seleção da casa e Patrick Kluivert e Peter Van Vossen marcaram para os europeus.
Em Goiânia, astros do futebol brasileiro como Dida, Aldair, Roberto Carlos, Amoroso, Rivaldo e Giovanni estiveram em campo. No entanto, quem comandou a festa e a expectativa do torcedor goiano foi o atacante Roni, revelado pelo Vila Nova e, à época, vestindo a camisa do Fluminense-RJ, o jogador estreava com a camisa principal da seleção brasileira em pleno estádio Serra Dourada.
“Muita gente criticava porque o Fluminense-RJ estava na Terceira Divisão e perguntavam ‘Como se convocava um jogador desses para a Seleção?’”, relembra o ex-atacante Roni.
As primeiras convocações na seleção foram para os jogos contra a Coreia do Sul e Japão ainda naquele ano de 1999. No entanto, nestes dois jogos, o atacante permaneceu apenas no banco de reservas. A segunda oportunidade foi na sequência de jogos contra a Holanda em Salvador e Goiânia.
Confira o FGH #21 com o atacante Roni
Em campo, no Serra Dourada, o Brasil venceu, por 3 a 1, em duelo que teve cinco expulsões e o árbitro Ubaldo Aquino (Paraguai) chegou a confirmar um gol ilegal e depois, quando a bola já estava no meio do campo, voltou atrás (não existia VAR naquela época).
Sem contar com Romário e Ronaldinho, o ataque foi composto por Amoroso, Rivaldo e Giovanni. Roni substituiu Giovanni (grande destaque do Barcelona). Aos 38 minutos do segundo tempo, Zé Roberto invadiu a área, com chance de finalizar, mas preferiu o toque para Roni que acabou finalizando por duas vezes em cima dos defensores.
“Esse foi um dos gols mais perdidos da minha carreira. Inclusive o Galvão disse na transmissão que era a minha chance de consagrar em casa. O Zé Roberto tinha a chance de finalizar e tocou pra mim, a bola bateu na perna do zagueiro e não consegui finalizar”, lamentou.
Ficha Técnica:
Brasil:
Dida [Cruzeiro], Evanílson [Cruzeiro], Antônio Carlos [Roma] (João Carlos) [Cruzeiro], Aldair [Roma] e Roberto Carlos [Real Madrid]; Émerson I [Bayer Leverkusen], Zé Roberto II) [Bayer Leverkusen], Djair [Cruzeiro] (Marcos Paulo) [Cruzeiro], Rivaldo [Barcelona], Leonardo [Milan] (Denílson) [Betis]; Amoroso [Udinese] e Giovanni [Barcelona] (Roni) [Fluminense]. Técnico: Wanderlei Luxemburgo
Holanda (Netherlands):
Sander Westerveld, André Ooijer, Bert Konterman, Frank de Boer, Boudewijn Zenden - Edgar Davids, Phillip Cocu, Ronald de Boer (Marc van Hintum), Peter van Vossen - Patrick Kluivert (Pierre van Hooijdonk), Ruud van Nistelrooy. Técnico (Coach): Frank Rijkaard